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Veganismo: Produtos x Empresas

por veganizadores
Veganismo Produtos vs Empresas - Boicotar ou não?

Existe um grande debate dentro do veganismo sobre como agir sendo vegano e um dos principais temas é: vegans devem boicotar produtos ou empresas inteiras?

Exemplo: Uma empresa vende um produto vegano (sem testes e sem ingredientes de origem animal), porém essa empresa faz parte de um grupo que testa em animais em outros produtos.

Aqui você vai encontrar informações que provavelmente não encontrou em nenhum outro lugar, então leia atentamente até o final e tire suas próprias conclusões.

Através deste artigo, você que nos acompanha também saberá o nosso posicionamento sobre este assunto que é o mesmo da maioria dos veganos.

Antes de qualquer coisa vamos mostrar a resposta de um e-mail que enviamos para a The Vegan Society da Inglaterra (fundadores do veganismo no mundo).

Nós perguntamos qual o posicionamento deles em relação a produtos livres de testes em animais e ingredientes de origem animal, mas que fazem parte de grupos/empresas que testam em animais em outras vertentes, citamos no e-mail a própria Unilever e a tão polêmica maionese vegana da Hellmans.

Temos o mesmo posicionamento da maioria dos veganos que é o mesmo da The Vegan Society, confira a resposta deles abaixo:

Veganismo Produtos vs Empresas

E-MAIL RESPOSTA DA THE VEGAN SOCIETY

"Oi Fabio, Muito obrigado por entrar em contato conosco aqui na The Vegan Society - e obrigado por se tornar um membro também! Eu fiz um comentário para o seu artigo - boa sorte com os Veganizadores!"

"Cada vez mais marcas globais estão criando ou adquirindo produtos veganos conforme a demanda por eles aumenta. Este é um passo realmente positivo para aqueles que querem fazer uma escolha mais compassiva e sustentável. Se um produto não contém nenhum ingrediente derivado de animais ou testado em animais, consideramos vegano, o que significa que pode cumprir os nossos critérios para a marca vegana. No entanto, é questão de veganos individuais decidirem se desejam comprar produtos veganos de uma empresa que usa ingredientes de origem animal ou realiza testes em animais para outros produtos. Não comentamos sobre a prática individual de veganos, pois entendemos que é difícil viver sem comprar de empresas que estão envolvidas na exploração de animais. Nossa esperança é que, conforme o veganismo se torne mais popular, essas empresas globais vejam a necessidade de mudar suas políticas em todas as áreas, descartando os testes em animais de todos os produtos. A Vegan Society não diria que comprar produtos completamente vegans dessas redes significa que você não é vegano, mas alguns veganos podem preferir não fazer isso."
The Vegan Society
Matt Turner
Media and PR Officer - The Vegan Society

THE VEGAN SOCIETY MEMBERSHIP

Como membros da Vegan Society temos acesso a um bom acervo de e-books e materiais sobre a história do veganismo assim como acesso as revistas oficiais que são distribuídas pela sociedade vegana original. Para se tornar membro clique aqui.

Na própria revista oficial “THE VEGAN” existe propagandas de produtos veganos de empresas não veganas como por exemplo a Nestlé (foto abaixo):

Esse posicionamento sempre existiu no veganismo e foi aprovado pelo principal fundador Donald Watson em vida.

A The Vegan Society assim como outras sociedades/instituições fornece selos veganos para produtos que sejam aptos para veganos, dentre os selos é possível encontrar inúmeros produtos que fazem parte de empresas e/ou grupos que testam em animais em outros produtos ou que produzem produtos de origem animal.

Entende-se que apoiar novos produtos veganos (livres de testes e ingredientes de origem animal), mesmo que sejam de empresas que não são totalmente veganas é uma forma extremamente eficaz de difundir o veganismo gerando maior alcance, distribuição, preços acessíveis e diminuição do abuso contra os animais.

Como funciona o mercado?

Veganismo Produtos vs Empresas

Nós acreditamos que uma forma eficaz de mudar essas empresas gigantescas não veganas é mostrando que os produtos veganos são lucrativos e tem mercado.

Quanto mais vegans, mais produtos vegans e menos produtos não vegans, é simples de entender.

É a regra milenar: Sem demanda, não há oferta!

Ninguém em sã consciência vai produzir produtos que as pessoas não querem comprar.

Ao boicotar produtos veganos destas empresas/grupos a mensagem passada é:
NÃO FAÇAM MAIS PRODUTOS VEGANOS, CONTINUEM COM OS PRODUTOS DE SEMPRE QUE JÁ SÃO MUITO CONSUMIDOS. INVISTAM MILHÕES EM PESQUISA E TECNOLOGIA PARA CRIAREM MAIS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL AO INVÉS DE PRODUTOS VEGANOS!

Eles não vão parar de produzir produtos não veganos e testar em animais enquanto não verem lucro e esse lucro precisa vir dos produtos veganos que comercializam.

Quando uma empresa não vegana investe 550 milhões de dólares para comprar uma empresa vegana, como já ocorreu, são 550 milhões de dólares que não são usados para o crescimento do mercado de produtos não veganos. São inúmeras vidas salvas!

Por isso é importante para o veganismo a aproximação destas megacorporações, que através de mudanças graduais vão beneficiando muito os seres sencientes, mesmo que as pessoas envolvidas nessas empresas não liguem para o veganismo em si, ou para os animais.

Gostando ou não, o veganismo vai crescendo, pois a demanda também está crescendo. Essa é a mágica, quem controla as empresas são os consumidores, independente do tamanho da empresa é possível mudá-la gradativamente, pois é evidente que o imediatismo não funciona nesse caso.

Enquanto a maioria das pessoas não forem veganas não veremos megaempresas se tornando 100% veganas, isso NÃO VAI ACONTECER, independente de boicotar ou não.

O mercado responde ao consumidor, se a maioria dos consumidores não são veganos a maioria das empresas também não serão veganas.

Se temos uma porcentagem pequena de pessoas veganas temos uma porcentagem pequena de produtos veganos, se temos uma grande porcentagem de pessoas veganas temos uma grande quantidade de produtos veganos.

Por isso o foco precisa ser nas pessoas, com influências positivas. Quanto mais vegans melhor para o planeta.

Não acreditamos que boicotar essas empresas vai trazer algum benefício para o veganismo ou que o boicote realmente tenha alguma expressão positiva, só muda onde essas empresas vão investir e cria uma aversão ao veganismo tanto das empresas como de muitas pessoas.

Para nós esse tipo de boicote não é positivo, por isso não fazemos, mas não julgamos quem boicota, pois cada pessoa tem sua estratégia rumo ao mesmo objetivo, o fim da exploração animal.

Quais os pontos positivos de grandes empresas não veganas investirem e lançarem produtos veganos?

Veganismo Produtos vs Empresas - Boicotar ou não?

 Poder de distribuição:

Uma pequena empresa não consegue distribuir para um País inteiro, é muito fácil julgar ao morar em um local com acesso a tudo como nas capitais, mas para quem mora no interior do interior que só tem um mercado e nesse mercado só chega a maionese Hellman’s vegana as coisas não são tão simples.

Pense bem, para os animais é melhor que essa pessoa compre a maionese sem nada de origem animal e que não é testada em animais mesmo que seja de uma empresa que faz parte de um grupo que testa em animais em outros produtos ou compre uma maionese tradicional oriunda diretamente da crueldade contra os animas?

Você pode pensar, qual a necessidade de alguém comprar uma maionese vegana, ela pode fazer em casa, certo? 

Mais ou menos, cada pessoa tem um estilo de vida, algumas não tem tempo para nada e outras simplesmente não gostam de cozinhar. 

Quanto maior a facilidade melhor, é muito negativo para o veganismo alguém ter vontade de comprar qualquer produto em sua versão vegana e não ter esse produto com fácil acesso.

Preços mais acessíveis:

Grandes empresas conseguem produzir em grandes quantidades fazendo com que o preço seja mais acessível, porém nem sempre o preço ofertado é acessível a todos e isso acontece por conta da inovação e exclusividade.

Quando uma empresa investe em tecnologia para lançar um novo produto, esse produto acaba sendo exclusivo e pode ter um preço mais elevado por conta disso. Porém a exclusividade não dura para sempre.

O preço depende de vários fatores. Saiba mais sobre precificação aqui.

Caso o preço não seja acessível ele se tornará em algum momento por conta da concorrência.

Maior concorrência gera competitividade e consequentemente melhorias como preços mais acessíveis. 

Exemplo: Uma grande empresa lança um produto vegano exclusivo com um preço não tão acessível, outras empresas notam que esse produto tem demanda e investem na criação de outro produto similar com preço mais acessível. Desta forma produtos veganos aparecem no mercado para todas as classes sociais.

Vimos isso recentemente no caso das maioneses veganas, após a Unilever lançar sua maionese vegana, diversas outras empresas lançaram também e hoje já é possível encontrar maionese vegana com preços extremamente baixos. Além de ser possível encontrar várias empresas veganas produzindo o produto também.

Ou seja, grandes empresas tem um papel fundamental na popularização de produtos veganos, mesmo que elas lancem produtos com preços elevados, em seguida outras empresas concorrentes irão lançar produtos similares com preço reduzido para brigar por espaço no mercado.

Quanto mais produtos veganos, melhor para o bolso. Quando a oferta é maior do que a demanda, os preços tendem a cair.

Marketing:

Expor o nome Vegan nas mídias é ótimo para o veganismo.

Grandes empresas fazem grandes investimentos em marketing.

Mesmo que não sejam empresas totalmente veganas, ao divulgarem produtos veganos acabam levando o nome veganismo para diversas pessoas.

Investimento em tecnologia:

Grandes empresas fazem investimentos multimilionários em tecnologia, seja para produtos não veganos como para produtos veganos.

Por que não incentivar que façam mais investimento para produtos veganos?

Muitos desses produtos além de veganos estão sendo criados e produzidos em ambientes ecológicos/sustentáveis com menor dano ao meio ambiente. É notável essa preocupação em diversas empresas que estão trabalhando com produtos veganos.

Muitas vezes em outros produtos da mesma empresa/grupo ainda não ocorreram tantas mudanças positivas como nos produtos veganos que produzem. 

Isso mostra que o veganismo por se tratar da vida senciente e diretamente ter relação com o meio ambiente, faz com que essas empresas melhorem também a questão ecológica e isso é muito positivo.

Quanto maior o consumo de produtos veganos, maior o investimento em tecnologia para cada vez mais termos produtos veganos que supram a vontade e necessidade de todas as pessoas.

Atenção!

É preciso ter cuidado para não apoiar/consumir um produto que contenha algo de origem animal e/ou que tenha sido testado em animais, há uma fiscalização em cima disso, principalmente das instituições que fornecem os selos veganos no mundo todo.

Falhas assim podem acontecer em qualquer tipo de empresa, seja por falta de informação ou por pura maldade. 

Já teve caso de uma grande empresa utilizar vitamina de origem animal na composição de um produto que diziam ser apto para veganos e já teve também pequena empresa vendendo salgado “vegano” com queijo de origem animal.

CONFIRA ALGUMAS INSTITUIÇÕES QUE FISCALIZAM E FORNECEM SELOS VEGANOS:

Cada instituição tem sua política interna, abaixo estão algumas que fornecem selos veganos, para mais informações é só clicar nos links.

SELO VEGANO

SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira)

SELO VEGANO

THE VEGAN SOCIETY

SELO VEGANO

VEGANISMO.ORG

SELO VEGANO

VEGAN.ORG

SELO VEGANO

PETA

Como é nosso perfil de consumidor como veganos?

Nós geralmente damos preferência para produtos veganos de empresas veganas principalmente se forem empresas nacionais e/ou locais, mas caso não tenha no mercado ou no momento da compra, nós compramos produtos veganos de empresas não veganas, ou até mesmo se esse produto for mais gostoso ou muito mais barato do que o de uma empresa “100% vegana”.

Depende muito do que tem disponível e do que temos vontade.

Dessa forma também podemos indicar para as pessoas os produtos que consideramos bons, principalmente para não veganos. Cada refeição com substitutos veganos no prato salva vidas.

Então se o produto em si é vegano (livre de testes em animais e insumos de origem animal) nós consumimos, seja para a alimentação como para outros fins.

Isso não é uma regra, é apenas como agimos no dia a dia.

POLÍCIA VEGANA – os “EGANOS” – A filosofia do EGO dentro do veganismo.

Polícia Vegana - Eganos - O mal do veganismo

A “polícia vegana” é uma das travas do veganismo atualmente, principalmente no Brasil, pois boa parte dos gringos já passaram dessa fase imatura.

Mesmo que sejam poucos em quantidade, são um dos motivos para muitas pessoas não adotarem o veganismo como estilo de vida e também motivo para desistirem do mesmo.

A quantidade de ex vegans é assustadora!

Definição de “Polícia Vegana”

A “polícia vegana” é um nome dado aos vegans que ficam na internet julgando outros vegans por não pensarem como eles, com um sentimento de superioridade por se acharem mais vegans, criam um ambiente tóxico com xingamentos e falta de respeito que afasta as pessoas do real propósito (veganismo). São pessoas intolerantes onde a única opinião que importa é a deles.
Diferente dos “veganos chatos” que atacam não veganos por não serem veganos, a “polícia vegana” tem como foco principal os próprios veganos.

Veganos abolicionistas são a “polícia vegana”?

É importante não confundir “veganos abolicionistas” com a “polícia vegana” de forma generalizada.

Entenda que muitos da “polícia vegana” se declaram como veganos abolicionistas, porém nem todos os “veganos abolicionistas” são da “polícia vegana”, na verdade a minoria é.

A grande parte dos vegans abolicionistas sabem expor suas opiniões de forma civilizada, é isso que difere qualquer grupo dentro do veganismo da “polícia vegana”.

Nós temos muitos amigos vegans abolicionistas que nos proporcionam várias conversas com trocas de informações e perspectiva sobre como enxergam o veganismo e isso é extremamente saudável.

Mesmo a gente não gostando muito do nome criado para essa vertente do veganismo, pois acreditamos que todos os veganos são abolicionistas por essência, já que é o objetivo primário do veganismo criar um mundo sem abusos contra os animais sencientes.

O veganismo abolicionista vai muito além dessa questão de produtos x empresas como por exemplo um posicionamento político muito presente e específico, que é inexistente no veganismo em si. Cada grupo dentro do veganismo tem seus próprios ideais.

A grande questão é, qual o melhor caminho que seja o mais rápido e eficaz sem cair em um imediatismo e em uma pureza ilusória unida com ofensas como acontece na “polícia vegana”. Isso só o tempo dirá…

“COMER É UM ATO POLÍTICO, NÃO POSIÇÃO POLÍTICA”.

Lembrando que o veganismo não tem lado político, mas existem grupos dentro do veganismo que tem, existem grupos veganos de esquerda, direita, apolíticos e por aí vai… Assim como pessoas de diferentes religiões.

Você pode ser vegan tendo qualquer posicionamento político, religião, crenças etc.
Não existe uma regra sobre isso, caso existisse o veganismo jamais funcionaria. 

Nós não nos consideramos parte de nenhum grupo dentro do veganismo, somos apenas veganos e tentamos fazer o melhor conforme no que acreditamos.

Donald Watson Vegan Agnostico Vegano Criador Fundador

Donald Watson (02/09/1910 – 16/11/2005) – Fundador do Veganismo.

 

O próprio criador do veganismo deixa isso claro, afinal ele era agnóstico, ou seja, todos os veganos devem ser agnósticos? Claro que não, independente das crenças individuais todos podem ser veganos.

Vamos abordar o tema em outro artigo onde falaremos sobre diversos grupos dentro do veganismo incluindo o veganismo abolicionista desde o surgimento até os tempos atuais.

Todos esses grupos tem importância no veganismo de uma forma ou de outra, seja positiva como a maioria ou negativa como a “polícia vegana”.

É uma extrema falta de respeito e total ignorância chamar de falsos veganos quem consome produtos veganos de empresas não veganas, assim como quem não segue ideologia x ou y, já que essas atitudes são aprovadas pela maior referência de veganismo do mundo, afinal foram eles que criaram o veganismo que conhecemos hoje.

O reino da hipocrisia – desmascarando a “polícia vegana”

Nesses anos de veganismo vimos muitas tretas e ofensas partindo dessa turma e nunca falamos nada, mas chegou a hora de mostrar o nosso ponto de vista e rebater ataques de ódio que vimos acontecer, pois a coisa mais fácil é notar a hipocrisia dentro da “polícia vegana”.

De tanto apontar o dedo para os outros esquecem de olhar para si mesmos.

Abaixo estão alguns exemplos de contradições que desmascaram a polícia vegana. Essas são apenas algumas da várias situações que poderíamos usar como exemplo.

Claramente nota-se que o que realmente importa para eles é lacrar na internet e inflar o ego, tempo que é perdido e que poderiam usar para fazer coisas positivas para o veganismo. 

Não conhecemos NINGUÉM desse “movimento” que não tenha caído em contradição, uma simples deslizada no feed e encontramos facilmente várias e várias contradições. 

Não vamos expor nenhuma pessoa em específico aqui, a carapuça vai servir para quem tiver que servir.

1ª Análise – Joaquin Phoenix – Coringa – Vegano ou não?

Reprodução: GREG WILLIANS

Vencedor do Oscar de melhor ator como coringa, Joaquin Phoenix, vegano desde a infância consome hambúrguer vegetal testado em animais.

COMO ASSSIMMMMM?

Quando Joaquin Phoenix ganhou o Oscar de melhor ator no papel do Coringa a foto acima viralizou no mundo inteiro.

Ele e a noiva Rooney Mara no pós evento comendo um sanduíche vegano da hamburgueria plant based “Monty´s Good Burguer” em Los Angeles.

Mas tem algo nessa foto que poucos perceberam…

Antes de revelar, temos que lembrar que quando isso aconteceu, praticamente TODOS os vegans, sejam da “polícia vegana” ou não, divulgaram absurdamente de forma positiva, afinal foi um momento muito importante para o veganismo no mundo, todos os holofotes estavam nele.

Acontece que a “polícia vegana” adora xingar quem consome hambúrgueres veganos de grandes empresas não veganas ou de empresas que testam em animais em outros produtos.

O que será mostrado agora demorou simplesmente 5 MINUTOS para ser descoberto!

Na época pesquisamos sobre a hamburgueria que aparece na foto (Monty´s Good Burguer), o próprio ator e ativista colocou a hashtag na postagem. 

Notamos que eles comercializavam apenas um tipo de carne vegetal, o famoso IMPOSSIBLE BURGUER e é aí que vem a polêmica.

Hamburguer Vegano Impossible Foods

Acontece que o Impossible Burguer foi testado em animais, mesmo que a FDA dos EUA (Algo como uma ANVISA aqui do Brasil), não obrigue a realizar testes em animais para demonstrar que um produto ou ingrediente alimentício é seguro.

Nos EUA a FDA pode ou não aprovar um produto, mas mesmo que aprove, caso o produto gere problemas de saúde a culpa é 100% da empresa que fabrica.

A Impossible Foods realizou testes em animais com o objetivo de provarem a segurança do novo componente que criaram (leghemoglobina de soja – também conhecida como “heme”), pois esse ingrediente nunca havia sido usado na alimentação, nunca foi testado e alegaram que queriam passar a maior transparência possível em relação a segurança do produto.

Foram usados em torno de 188 ratos em testes para que a Impossible Foods pudesse tentar provar a segurança do ingrediente que é utilizado em todos os produtos da empresa.

Veja o que disse o CEO da Impossible Foods – Patrick O. Brown
Artigo – VegNews.com – 13 DE AGOSTO DE 2017

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Patrick O. Brown. Reprodução: Foto da Internet

O cerne da missão da Impossible Foods é eliminar a exploração de animais no sistema alimentar e reduzir o enorme impacto destrutivo da pecuária e da pesca no meio ambiente, incluindo a vida selvagem e os ecossistemas dos quais dependem”, disse Brown.

O CEO postula que, embora os produtos vegans tradicionais sejam adotados por aqueles que desejam seguir uma dieta baseada em vegetais, para os milhões de “carnívoros” em todo o mundo, alimentos inovadores – como o hambúrguer impossível – são o que causará o maior impacto na redução do sofrimento animal.

Assim, Brown (que é vegano há 14 anos) e sua equipe trabalharam para isolar uma substância vegetal – leghemoglobina de soja – que evoca o sabor da carne.

Brown explicou que, nos testes, sua equipe procurou causar o mínimo de dano – escolhendo usar uma quantidade mínima de ratos, alojados nas melhores condições possíveis, em um laboratório conhecido por práticas humanitárias – e espera que esses tipos de testes nunca precisem ser conduzidos novamente.

“É padrão da indústria realizar estudos de alimentação em ratos para demonstrar que um ingrediente alimentar não é tóxico e é seguro”, disse Brown. 

“Eu pessoalmente abomino a exploração de animais não apenas no sistema alimentar, mas em testes e pesquisas”, explicou Brown antes de revelar que trabalhou incansavelmente para evitar testes em animais durante sua carreira de 30 anos em pesquisa biomédica.

“Ninguém está mais comprometido ou trabalhando mais para eliminar a exploração de animais do que a Impossible Foods”, disse Brown. 

“Evitar o dilema não era uma opção. Esperamos nunca mais ter que enfrentar tal escolha novamente, mas escolher a opção que promove o bem maior é mais importante para nós”

O impossible burger é apto ou não para veganos?

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Tem veganos que apoiam essa atitude, pois alegam que 188 ratos foram usados para o bem de outros incontáveis animais, visto que a Impossible Burguer é uma das maiores produtoras de carne vegetal do mundo e consequentemente são responsáveis por evitar a morte de milhões de animais todos os anos e com impacto de produção muito menor no meio ambiente do que carne animal.

> Calculadora de Impacto Impossible Foods <

Já outros veganos não consideram o Impossible Burguer como vegano por conta do ocorrido.

Nossa Opinião

Nós não consideramos o Impossible Burger apto para veganosTanto que a própria empresa disse que o foco deles não são os veganos, mas pessoas não veganas que querem diminuir o consumo de carne animal. Claro que isso tem seus benefícios para o veganismo, mas não achamos correto chamar o produto ou a empresa como vegan nesse caso.

A impossible foods não chegou com força no Brasil, além de ser muito caro para a realidade brasileira, hoje são tantas opções de burgers realmente veganos e deliciosos que aqui no Brasil não colou. Grandes redes de fast foods com lojas no Brasil não optaram pelo impossible burger, principalmente pelo preço, decidiram trabalhar com outros burgers plant based ou até mesmo criar o próprio.

Mas veja que curioso, se daqui 10, 50, 100 anos uma empresa pequena ou grande utilizar a “leghemoglobina de soja” para produzir algum alimento, será que o produto será considerado vegano ou não? Será que vão lembrar que em algum momento da história esse ingrediente foi testado em animais? Provavelmente será considerado vegano!

Afinal, o que não foi testado em animais em algum momento da história?

Desde o pigmento da sua roupa até inúmeros ingredientes alimentícios, em algum momento foram testados em animais e hoje todos consomem de alguma forma.

A lista de produtos/ingredientes que de alguma forma foram testados em animais é extremamente grande.

Infelizmente se torna impossível viver sem utilizar algo que já foi testado em animais em algum momento.

Não estamos passando pano para a Impossible Foods, mas é o que provavelmente vai acontecer. Ninguém vai lembrar ou por ter passado tanto tempo, o teste realizado se tornará irrelevante e as pessoas vão considerar apto para veganos… Que é o que acontece frequentemente hoje em dia.

É preciso mudanças urgentes nas leis e mais avanços tecnológicos para que ocorra o fim dos testes em animais.

Teste in vitro veganismo

Acreditamos que o foco deve ser mudado, testes são necessários, mas apoiamos testes em humanos que decidam fazer por conta própria e que seja remunerado (como já acontece em vários lugares e funciona).

Apoiamos também testes in vitro, muitos testes em animais realizados hoje em dia poderiam ser feitos de outra forma, mas ainda assim são feitos em animais. 

Torcemos por um dia em que a tecnologia chegue a um ponto em que testes em seres sencientes não precisem mais ocorrer, pois a tecnologia suprirá essa necessidade.

Essa é a nossa opinião, mas fica a dúvida, porque a “polícia vegana” que tanto julga e ofende divulgou em peso essa foto evidenciando o Impossible Burguer e um ativista vegano que consome um burger que foi testado, já que contradiz aquilo que defendem?

Isso mostra que eles não estão interessados em lutar pelos seus ideais, apenas por aquilo que é conveniente para eles inflando cada vez mais o ego, por isso também foram apelidados de “EGANOS”, os veganos que dão muita importância ao ego, “EU SOU MAIS VEGAN DO QUE VOCÊ!”.

O tempo que perdem na internet em tentativas de “lacração” poderia ser usado para pesquisarem melhor aquilo que divulgam, ou será que sabiam?

Na hora de aparecerem para criticarem um ator e ativista de nível mundial que já fez e ainda faz muito pelo veganismo, calaram-se e o apoiaram totalmente, mesmo indo contra o que tanto defendem. 

Provavelmente viram que ia pegar muito mal e que a pureza ideológica acaba sendo mais ficção do que realidade, beirando ao impraticável.

Que fique claro, o problema não é ter um posicionamento específico!

Mas a forma com que defendem o que pensam, de forma agressiva e intolerante fazendo com que as pessoas se afastem do veganismo que é muito maior do que uma opinião pessoal.

2ª Análise – Comprar em supermercados não veganos.

Pela lógica, a “polícia vegana” não poderia comprar em supermercados que não sejam 100% veganos se é que isso existe, pois qualquer estabelecimento comercial, principalmente de alimentos tem que ser dedetizado, já começa por aí.

Um exemplo que gostamos de usar, é que quando tínhamos a nossa loja vegana fomos obrigados como todo mundo a dedetizar nosso espaço, pois sem isso nem a inscrição municipal seria liberada e não poderíamos abrir nossa loja.

Então todo mundo que tem loja/empresa/indústria vegana, não é vegano de verdade?

O veganismo é dentro do possível e praticável.

Nesses mercados são vendidos produtos não veganos e os donos provavelmente não são veganos. Mas isso não impede a “polícia vegana” de consumir nesses locais.

Por um lado eles julgam caso algum vegano consuma maionese vegana da Unilever por exemplo, por outro fazem o mesmo só que de outra forma.

Qual a diferença entre comprar uma fruta em um grande supermercado e comprar uma maionese vegana Unilever no mesmo mercado?

Nenhuma! A fruta pode ter sido transportada por animais, terem utilizado fertilizantes/adubos de origem animal e o dinheiro vai para um estabelecimento não vegano que vende alimentos de origem animal e produtos testados em animais. Se formos mais longe, o dinheiro vai para uma cadeia de produção não vegana, desde a plantação ao ponto de venda.

Se é para partimos de uma pureza ideológica que é o que utilizam para atacar, como se fossem humanos perfeitos, as contradições aparecem e é notável a impossibilidade de viver nessa ideologia se for levada ao pé da letra.

Cada produto vegano consumido é reflexo do aumento da demanda e consequentemente gera o aumento da disponibilidade desses produtos, preços melhores e tudo aquilo que já falamos aqui.

Mais produtos veganos = mais vidas salvas. 

:. Não vemos problema em comprar produtos veganos em estabelecimentos não veganos.

3ª Análise – Comprar frutas e vegetais que foram transportadas por animais e que utilizaram adubo/fertilizante de origem animal (feira/mercado).

Pelo que defendem, a “polícia vegana” não deveria consumir produtos de feira, mercados etc.  

Como por exemplo frutas e vegetais, a não ser que tivessem 100% de certeza que não foram carregados por animais em nenhum momento e que não tenham sido adubados/fertilizados com produtos de origem animal.

Isso é possível e praticável para todos? NÃO!

É extremamente complicado saber se o alimento foi ou não transportado e adubado por animais em algum momento da produção, isso vai além do possível e praticável para todos. 

Tanto que frutas e vegetais são considerados veganos e consumidos livremente, mesmo nessas condições.

Pode-se até conhecer um feirante/mercado/marca que garanta que seus produtos não tenham sidos transportado por animais e não utilizaram adubo de origem animal, mas mesmo que as coisas estejam mudando, ainda é algo fora da realidade para a maioria. 

O problema não está nesse tipo de consumo, você não é menos vegano ao consumir uma fruta nessas características ou consumir um produto vegano de uma empresa não vegana.

Quando a “polícia vegana” julga os outros por consumirem produtos veganos de empresas não veganas precisam lembrar que também fazem inúmeras coisas que podem ser consideradas não veganas numa visão mais radical. É uma faca de dois gumes…

4ª Análise – Consumir em restaurantes não veganos, mas que contém opções veganas?

Restaurante-Vegano-Vegan

Frequentemente vemos pessoas da “polícia vegana” ofendendo algum vegano que consumiu um produto vegano de uma empresa não vegana, postarem foto em restaurantes vegan friendly. 

Para quem não sabe, um restaurante vegan friendly é um local que tem opções veganas, mas também comercializa produtos de origem animal. Nós frequentamos muitos lugares vegan friendly assim como a “polícia vegana”.

Porém a “polícia vegana” ofende quem compra produtos veganos de empresas que testam em animais em outros produtos, mas eles comem em restaurantes que na mesa do lado tem um animal morto e molhos testados em animais por exemplo! Para eles isso deveria ser um absurdo.

Qual a diferença entre teste em animais e um animal assassinado? O que é pior? Quem pode determinar isso?

Criou-se um vício tão grande em atacar veganos que não pensam como eles que não conseguem enxergar as próprias contradições.

Eles criaram regras que determinam o que é ou não vegano e quem não é a favor é atacado. Porém, eles não se importam em terem diversas atitudes que contradizem o que pregam. 

É quase uma ditadura. Como isso pode ser positivo para o veganismo?

DEFINIÇÃO DE VEGANISMO

Vegan

"O Veganismo é uma filosofia e modo de vida que procura excluir – na medida do possível e praticável – todas as formas de exploração e crueldade com animais como alimento, vestuário ou qualquer outro objetivo; e, por extensão, promove o desenvolvimento e uso de alternativas isentas de animais para o benefício dos animais, seres humanos e meio ambiente. Em termos alimentares, denota a prática de dispensar todos os produtos derivados total ou parcialmente de animais."

Como fazer parte da “polícia vegana” sem cair em contradição?

Policia-Vegana-Eganos-Floresta

Tem que morar no mato, isolado do mundo!

E mesmo assim terá que tomar cuidado com inúmeras situações que fogem ao nosso controle, super possível e praticável para todos! Só que não… 

– Não pode pagar imposto, porque o dinheiro pode ir para algo não vegano.

– Não pode andar muito, pois pode pisar em insetos.

– Não pode ter internet, energia, moradia, saneamento pois tudo de alguma forma impacta negativamente os animais.

– Não pode ter carro, moto etc.

– Não pode comprar/ter produtos que venham de longe diretamente ou indiretamente (matéria-prima). Da China ou qualquer local longe de onde moram, já que o transporte polui e prejudica os animais.

Se formos pensar por esse lado, ninguém vive e a única forma de deixar os animais 100% livres seria acabar com a existência humana. 

Claro que não temos esse pensamento e preferimos crer em um mundo mudando gradativamente para melhor com cada vez mais pessoas deixando de utilizar os animais para consumo como já está acontecendo.

Eles dizem que veganismo não é dieta e não gostam de páginas veganas focadas em alimentação…

Certo, não é só dieta, mas é preciso entender que o primeiro grande debate do veganismo foi sobre leite animal e o objetivo de uma grande distribuição de leite vegetal para garantir acessibilidade e facilidade.

Foi assim que o veganismo surgiu, de uma desavença com sociedade vegetariana da época sendo o tema principal a alimentação, mais precisamente produtos lácteos.

A dieta é um dos grandes pontos de discussão do veganismo e foco de muitas organizações e ativistas, pois se não houver pessoas se alimentando de produtos de origem animal, toda a pirâmide quebra. 

Imagine que ninguém mais consome bovinos, será que valeria a pena continuar produzindo couro animal?

Ou seria melhor focar em materiais sintéticos? 

Quanto será que o preço do couro animal subiria se isso acontecesse?

Esse é só um exemplo dentre vários que você pode imaginar quando pensa por esta perspectiva. 

Claro que a dieta não é o único caminho, existem muitas formas de disseminar o veganismo além da dieta vegetariana estrita (dieta adotada pelos vegans). 

O importante é cada um fazer o que pode dentro do possível e praticável, e seguir a base do veganismo.

Independente da forma que pensa exponha isso para o mundo, mas de forma leve e inteligente, sem disseminar ódio.

Atraia as pessoas, não afaste-as.

Redes sociais: grupos e páginas de ódio de veganos contra veganos.

Se você buscar por informações sobre o veganismo nas redes sociais vai se deparar com alguns grupos e páginas considerados da “polícia vegana” que tem apenas o objetivo de disseminar ódio e inflar o ego. 

Aconselhamos a seguir essas páginas e entrarem nos grupos para ver o horror que é, assim você vai ter certeza que aquilo não é para você, mas se fizer isso a dica é: não discuta, não comente, não dê ibope.

O que eles mais querem é atenção, basta deixar no vácuo, se quiser expor sua opinião é aconselhável fazer isso nas suas redes sociais.

Essas páginas costumam ofender ativistas e instituições vegans que não pensam como eles, mesmo que aqueles que são atacados tenham feito muito, mas muito, mas muuuuuuuuuuuito mais pelo veganismo do que toda a “polícia vegana” junta.

O mais prejudicial disso tudo é a visão que passa para as pessoas não veganas. Muitas desistem de iniciar um estilo de vida vegan e outras desistem do veganismo.

Veja a opinião de grandes ativistas veganos sobre esse assunto.

Conclusão

Enfim, acredite naquilo que você acha ser correto e adote isso como estilo de vida, só não ofenda as pessoas, se quiser expor uma opinião contrária, chame a pessoa inbox, tente conversar pessoalmente, poste nas suas redes de forma que faça as pessoas refletirem. 

Ninguém muda ninguém com ofensas. O diálogo saudável sempre é mais eficaz independente do seu posicionamento.

Imagine uma pessoa não vegana vendo diversas tretas entre veganos nas redes sociais, você acha que isso passa algo positivo e vai fazer com que a pessoa se aproxime ou se afaste do veganismo?

Cada pessoa tem seu pensamento individual e vai agir como acha correto nessas questões e em outras como trabalho escravo ou outros tipos de abusos que podem envolver empresas.

Isso não significa que quem boicota ou deixa de boicotar produto X ou empresa Y é mais ou menos vegano.

Nós boicotamos produtos, não empresas na questão veganismo.
Evitamos algumas empresas por outras questões, não pelo veganismo em si.

Respeitamos outros posicionamentos, mas somos contra a forma de agir da “polícia vegana”.

Se você se considera da “polícia vegana” não entenda esse artigo como um ataque, mas sim como uma defesa. Se nos atacarem vamos atualizar ainda mais esse artigo expondo mais contradições e vamos começar pelo saco de lixo… 

O saco de lixo que você usa é preto? Então é testado em animais… bom deixa pra lá, vamos ver o feedback desse artigo, ainda temos esperança que a “polícia vegana” desperte e pare de agir como os donos do veganismo.

Somos veganos e temos todos o mesmo objetivo, o fim da exploração animal.

1 comentários

Ricardo Rocha Aguieiras 21 de dezembro de 2021 - 11:03

Não ataco vocês, não ofendo. Quem me mandou o link desse excelente artigo foi um seguidor de vocês, mas que fez o contrário do que vocês falam, me humilhou, colocou emoticons de gargalhadas em tudo que eu escrevia, me julgou e me chamou de “vegano fake”, entre outras coisas.
Eu concordo com muita coisa, mas discordo de outras. Vivo no Brasil, país estranho, pobre demais, cheio de polarizações. Temo que seja uma utopia romântica acreditarem que as grandes indústrias alimentícias , por terem segmentos veganos , façam com o tempo crescer a consciência no veganismo e as pessoas deixarem de comer carne. Morei no Brasil inteiro, tenho 76 anos , e vi horrores que nem é bom falar. O Brasil não é só metropoles. Claro que, também, o meu amor por animais me faz duvidar e ter – estou sendo extremamente sincero – muita raiva dessas multinacionais. Sinto até náuseas ao pensar no que ocorre dentro das granjas e dos matadouros. E como o pequeno empresário brasileiro, com o seu produto totalmente vegano, vai concorrer com os gigantes? Tenho medo, tenho raiva. Mas, por sentir assim, viver assim, pensar assim, eu seria um “vegano fake”? A uma pessoa que já lutou tanto, posso ser ofendido assim no Facebook, existe ofensa maior que essa? Obrigado, quem me ler daí, por lerem até aqui.

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